Esta análise que seguidamente vos apresentarei tem um objectivo muito particular: tentar evitar, a todo o custo, a previsível subvalorização que "Estão Todos Bem" virá a sofrer no futuro, realçando assim as suas qualidades.
Que são muitas. "Estão Todos Bem" é, embora tardiamente, um dos melhores filmes do ano. Um drama poderoso, discreto e com alguns momentos extremamente bem conseguidos.
Não se trata, de todo, da comédia que aparenta ser, mas de uma dissertação interessantíssima sobre os valores familiares e a solidão na terceira idade.
Não se trata, de todo, da comédia que aparenta ser, mas de uma dissertação interessantíssima sobre os valores familiares e a solidão na terceira idade.
O argumento não é genial, desperdiça o elenco secundário de grande calibre (destaque-se Sam Rockwell que, de papel em papel, sobe cada vez mais na minha consideração) e transforma "Estão Todos Bem" num filme de actor. Além disso, notam-se alguns facilitismos no desenrolar da trama, de modo a que as questões mais secundárias sejam de resolução bem mais fácil do que deveriam. No entanto, existem alguns momentos realmente comoventes e que acabam por compensar o resto
Já a realização é bastante mais apelativa, mantendo a qualidade ao mesmo tempo que transmite ao espectador os simbolismos presentes no filme como, por exemplo, a importância dos cabos eléctricos.
Mas "Estão Todos Bem" é mesmo um filme de actor, uma oportunidade para ver Robert De Niro a comprovar, finalmente e agora totalmente (já o tínhamos visto numa boa mas pouco marcante prestação, em "Pânico em Hollywood" (crítica aqui)), que não perdeu o seu enorme talento para a arte da representação e que basta o papel certo para uma grande interpretação. E é o caso. Robert De Niro, que é o meu actor de eleição, tem a sua melhor interpretação em décadas, uma performance dedicada e tocante, merecedora dos mais altos elogios.
E só este grande actor é suficiente para transportar o filme às costas, filme este que não é nada mau. Nada mau mesmo. Recomendação total.
Já a realização é bastante mais apelativa, mantendo a qualidade ao mesmo tempo que transmite ao espectador os simbolismos presentes no filme como, por exemplo, a importância dos cabos eléctricos.
Mas "Estão Todos Bem" é mesmo um filme de actor, uma oportunidade para ver Robert De Niro a comprovar, finalmente e agora totalmente (já o tínhamos visto numa boa mas pouco marcante prestação, em "Pânico em Hollywood" (crítica aqui)), que não perdeu o seu enorme talento para a arte da representação e que basta o papel certo para uma grande interpretação. E é o caso. Robert De Niro, que é o meu actor de eleição, tem a sua melhor interpretação em décadas, uma performance dedicada e tocante, merecedora dos mais altos elogios.
E só este grande actor é suficiente para transportar o filme às costas, filme este que não é nada mau. Nada mau mesmo. Recomendação total.
"If you would ask me I would have to say in all honesty, Everybody's fine. Everybody's fine."
2 Eloquentes Intervenções Escritas:
este quero mesmo ver! e DeNiro é sempre bom!
João,
Garanto que é do melhor que vais encontrar por aí!
Abraço
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