Um Peixe Chamado Wanda/Terminal de Aeroporto


Falta de contenção: o eterno problema que sempre assombrou os Monty Phyton, cuja natureza domina, obviamente (ou não fossem dois dos protagonistas do filme, membros do grupo britânico), este "Um Peixe Chamado Wanda".

E, tal como seria de esperar, também a falta de contenção marca a fita, com a ténue linha entre a comédia e a estupidez a ser quebrada, por mais do que uma vez.

Kevin Kline está bem no seu estranho papel. Óscar? Não me parece.
Não o mereciam, muito mais, John Cleese e Jamie Lee Curtis?

E fica uma outra questão: qual a relevância do peixe, de nome Wanda, para a história?





Um feel-good movie, sem sombra de dúvida e que, quanto a mim, nos dá a melhor interpretação da carreira de Tom Hanks.
Aliás, de um modo geral e com excepção de Catherine Zeta-Jones, todo o elenco está acima da média.

Steven Spielberg faz o que quer daquele aeroporto, e só um mestre na sua arte obteria momentos tão bem conseguidos como os que vi.
É mesmo o argumento que deita tudo a perder, sobretudo a credibilidade do filme.
Vilões, interesses amorosos, histórias secundárias e a metamorfose da personagem principal, de homem prestável e simpático num autêntico autista.
Não era preciso tanto.

Fosse "Terminal de Aeroporto" uma curta-metragem e quem sabe...

6 Eloquentes Intervenções Escritas:

ArmPauloFerreira disse...

O filme de Spielberg, o "terminal" é muito bom.

Bruno Cunha disse...

Gosto muito do filme de Spielberg mas também concordaria em reduzirem o tempo mas não para uma curta.
Uma curta podia ter a premissa de ficar no aeroporto mas não da história de este filme.

Abraço
Cinema as my World

Ricardo Vieira disse...

Eu ainda não vi este filme, mas ficarei admirado se o Tom Hanks tiver melhor actuação que no Forrest Gump, Philadelphia,Saving Private Ryan.

Rui Francisco Pereira disse...

Arm,

Fiquemo-nos pelo "bom" ;)


Bruno,

A premissa de ficar no aeroporto é o que vale a pena retirar do filme ;)
O resto é, muito sinceramente, palha.


Ricardo,

Para mim, que detesto o Hanks e o Forrest Gump, é. ;)


Abraços

JM disse...

Eu fico-me pelo muito bom. O filme não tenta ser hiper-realista, ou a representação de acontecimentos reais. Tem um quê de Conto, que trata a situação de uma maneira muito suave e doce (tal como a soberba banda sonora de John Williams o comprova). Daí talvez a não aceitação de alguns exageros. Eu cá aceitei esses exageros, esses vilões, essas histórias secundárias e os romances. E são estes ingredientes que me fizeram gostar ainda mais da ternura de Terminal de Aeroporto. Lá está, eu aceitei o filme como uma historia doce e fantasiosa, e nao com a frieza ou visao realista que se calhar preferias ver numa curta.

Rui Francisco Pereira disse...

JM,

Eu acho que tenta. De início sim. Só que se perde por entre histórinhas floreadas que nada acrescentam, só prejudicam.

É um feel-good movie, certo, mas podia ter sido mais. São escolhas, Spielberg preferiu tratar a história assim.
E se, até meio, até parece conciliar as duas coisas -realismo e "doçura"- acaba mesmo por exagerar no açucar...

Não digo que um pouco de fantasia não fizesse bem, mas... tudo o que é demais é em exagero...

;)

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