Esta análise contém SPOILERS.
Richard (Leonardo DiCaprio) é um jovem sem família nem nada que o prenda a lugar algum. Limita-se a viajar pelo mundo e, enquanto se encontrava na Tailândia, Richard conhece um estranho indivíduo que lhe irá fornecer o mapa para uma ilha secreta.
Desde uma idade muito tenra (tenra demais), que "A Praia" me suscitava uma curiosidade fora do comum. Curiosidade esta que, ora presenteada com mais ou menos protagonismo, acabaria finalmente por ser saciada hoje mesmo, provavelmente uns dez anos depois de ter travado conhecimento com a obra de Danny Boyle.
"A Praia" começa bem. Mostra-nos um DiCaprio viajado, num ambiente à "Blade Runner". A seguir, fica ainda melhor, ao presentear-nos com uma fotografia marcante, consequência do valor paisagistico inerente à praia que dá título ao filme. Somos confrontados com a existência de um céu na Terra, uma comunidade amigável recebe de braços abertos os nossos três aventureiros (Richard une-se a um casal de franceses), e tudo parece correr pelo melhor.
É nesta fase em que pensamos o quão sortudo foi Leonardo DiCaprio em conseguir ser pago para disfrutar do sol, do mar e das mulheres daquele lugar. É também nesta fase em que, para tentar tornar o filme minimamente interessante (porque até aqui apenas era agradável), o argumento tenta arranjar uma ou outra problemática.
O que consegue, no entanto, é arranjar uma mão-cheia de problemáticas, descabidas, desinteressantes, e, total ou parcialmente, ignoradas até ao final.
Até aqui, estávamos mal. No entanto, é no último terço do filme que Danny Boyle dá "o" tiro no pé: de um momento para o outro, e sem explicação lógica ou razão aparente, "A Praia" assume um carácter completamente surrealista. São momentos alucinantes, aqueles em que acompanhamos a psicose doentia de DiCaprio, que vai desde exilado, a marine, sendo mesmo personagem de um videojogo (não questionem, que as respostas não existem...).
Depois, de um momento para o outro, tudo acaba. DiCaprio recupera a sanidade mental tão depressa e inexplicavelmente como a perdeu. Dá-se o climáx pseudo-dramático e o filme acaba, exactamente como começou.
É nesta fase em que pensamos o quão sortudo foi Leonardo DiCaprio em conseguir ser pago para disfrutar do sol, do mar e das mulheres daquele lugar. É também nesta fase em que, para tentar tornar o filme minimamente interessante (porque até aqui apenas era agradável), o argumento tenta arranjar uma ou outra problemática.
O que consegue, no entanto, é arranjar uma mão-cheia de problemáticas, descabidas, desinteressantes, e, total ou parcialmente, ignoradas até ao final.
Até aqui, estávamos mal. No entanto, é no último terço do filme que Danny Boyle dá "o" tiro no pé: de um momento para o outro, e sem explicação lógica ou razão aparente, "A Praia" assume um carácter completamente surrealista. São momentos alucinantes, aqueles em que acompanhamos a psicose doentia de DiCaprio, que vai desde exilado, a marine, sendo mesmo personagem de um videojogo (não questionem, que as respostas não existem...).
Depois, de um momento para o outro, tudo acaba. DiCaprio recupera a sanidade mental tão depressa e inexplicavelmente como a perdeu. Dá-se o climáx pseudo-dramático e o filme acaba, exactamente como começou.
Ora esta divagação toda para concluir o quê? Que "A Praia" é uma fita que se aguenta, apenas e só, graças à sua fenomenal fotografia, que Danny Boyle capta de forma exemplar.
De resto, "A Praia" é uma decepção, um filme medíocre. O argumento é fraquíssimo, sem nexo e ritmo, e com buracos enormes.
A nível de elenco, Leonardo DiCpario, tirando um ou outro espasmo, é sofrível e transpira inexperiência. A má direcção parece ser também a causa, uma vez que o restante elenco está igualmente mal.
De resto, "A Praia" é uma decepção, um filme medíocre. O argumento é fraquíssimo, sem nexo e ritmo, e com buracos enormes.
A nível de elenco, Leonardo DiCpario, tirando um ou outro espasmo, é sofrível e transpira inexperiência. A má direcção parece ser também a causa, uma vez que o restante elenco está igualmente mal.
E assim se matou uma curiosidade antiga. Menos um filme para ver, mais uma decepção.
"Paradise it's not a place, it's a moment. And, when you find it, it last forever."
2 Eloquentes Intervenções Escritas:
nao era tao bom como eu estava a espera. decepcionou um pouco. achei o final algo fraco.
esperava algo diferente mais animado e melhor
Ja somos dois...
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