Jogos Mais Perigosos/Bruce, o Todo-Poderoso


O filme não consegue alcançar o seu primeiro e principal objectivo: superar ou pelo menos fazer esquecer o original. Mesmo com mais 10 anos em cima, durante e depois da visualização de "Jogos Mais Perigosos", é o seu antecessor que fica na memória.

Isto porque a equipa técnica não só não iguala como prejudica o elenco, já que o argumento é demasiado confuso e a realização de F. Gary Gray é demasiado monótona, imprimindo um ritmo extremamente lento, fazendo o impossível e tornar um filme com este elenco e este nível de coolness aborrecido.

"Jogos Mais Perigosos" torna-se assim um desfile de estrelas, não só do mundo do cinema mas também do mundo da música que, mal dirigidas, obtém prestações sem alma.
John Travolta anda a espalhar o habitual estilo. Não é o mesmo Chilli Palmer que vimos em 1995, mas uma sombra deste. No entanto, é mais forte do que eu: não consigo desgostar do actor.
Do restante elenco, destaque para The Rock pela positiva, que é o melhor elemento com uma interpretação capaz e dedicada, e para Vince Vaughn pela negativa, que tenta ser engraçado mas só consegue ser irritante.

Eu fiquei com vontade de ver "Jogos Quase Perigosos", e é isso que vou fazer.


"I hate sequels."






Podemos encarar este filme de duas formas: o que ele é e o que ele podia ter sido.

Podia ter sido uma comédia revolucionária, nas mãos do realizador certo e do argumentista certo. O elenco, excepção feita à irritante Jennifer Aniston, certamente dava para isso. A premissa é deliciosa e seria ouro puro com verdadeiros profissionais.

Mas o que "Bruce, o Todo-Poderoso" é apenas mais um one-man show de Jim Carrey, uma comédia que raramente tem piada genuína (fá-lo de forma brilhante, por exemplo, nas cenas em que Carrey contracena com Steve Carell) e que vive e morre da performance de um grande actor e comediante.

É claro que a presença de Morgan Freeman, num papel mais do que apropriado ao seu estatuto no mundo do Cinema, sobe muitos pontos. Um espasmo de lucidez, a sua inclusão no elenco.


"-Oh, God.
-You can call me Bruce."

3 Eloquentes Intervenções Escritas:

Bruno Cunha disse...

Penso que Bruce Almighty é fabuloso! Uma comédia brilhante que, na minha opinião, destaca-se no género e revela Jim Carrey como um fabuloso one man show!
As cenas com Steve Carell e Freeman são fabulosas!

Abraço
Cinema as my World

JB disse...

Pois, este Be Cool não faz esquecer Get Shorty, um filme totalmente subvalorizado. Este Be Cool vale por voltar a juntar Travolta e Uma Thurman numa pista de dança.

Hollywood Homicide é dispensável na carreira de Harrison Ford.

E Bruce Almighty é muito bom. Jim Carrey em grande!

Rui Francisco Pereira disse...

Nekas,

Não diria fabuloso, tem um ou outro momento excelente, mas no geral fica-se pela mediania.
As cenas com Carell são as melhores ;)



João,

Não faz mesmo, mas achas o Get Shorty subvalorizado? Por acaso não acho.

O Homicídio em Hollywood traz uma excelente interpretação do Harrison Ford, gostei bastante.


Como disse ali ao Nekas, não acho o Bruce muito bom. O Carrey está sempre em grande!


Abraços e obrigado pelos comentários!

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