O agente John McClane(Willis) tem agora de percorrer as ruas de Nova Iorque e efectuar uma série de tarefas, juntamente com a ajuda de um electricista chamado Zeus(L. Jackson), para ceder às exigências de um terrorista que se intitula Simon(Irons) e que ameaça detonar várias bombas espalhadas pela cidade, se ambos não cumprirem com as suas exigências.
Depois do mega-sucesso que foi "Assalto ao Arranha-Céus" e da sua sequela, o realizador John McTierman("Predador") decidiu retomar as rédeas do projecto.
Sendo que ainda não tinha visto os primeiros três filmes desta tão reconhecida saga de filmes de acção e sabendo que, regra geral, as sequelas quase nunca ultrapassam o filme original, a minha intenção era apenas ver precisamente o filme original.
Contudo, e devido a um pequeno engano, acabei por ver este "Die Hard-A Vingança" e o resultado é, confesso, muito decepcionante.
Para começar, há que dizer que "Die Hard- A Vingança" é um filme que vive de uma fórmula que se esgota a si mesma ao fim dos primeiros vinte minutos, meia hora de filme.
Aliás, o climáx da fita é o momento em que McClane e Zeus se conhecem, bem no início do filme.
A partir daí, assistimos a uma louca, desenfreada e muito confusa corrida contra o tempo destes dois personagens, constantemente envolvidos em situações que tanto têm de aparatosas como ridículas, mas safando-se sempre de forma miraculosa.
O argumento do filme é, provavelmente, o seu pior aspecto. Com tantos enigmas, jogos, traições e enganos, todos estes elementos acompanhados de explosões constantes, a trama do filme acaba por conseguir uma proeza que, embora curiosa, de positiva não tem nada: tornar-se simultâneamente confusa, aborrecida e previsível. Confusa, pelas razões que já referi, previsível porque embora seja pautada de muitos pormenores complicados, as bases da história transpiram clichés e previsibilidade, e aborrecida por possuir as duas características que acabei de referir.
Destaque ainda para um péssimo final, que apenas escarrapacha na cara do espectador o que o filme vinha a anunciar à quase duas horas: uma patética e inevitável conclusão que foi arrastada durante tempo a mais.
Ora resta agora mencionar os pontos positivos da fita. E estes são apenas dois: Bruce Willis e Samuel L. Jackson.Dois excelentes actores, com muita química e grandes interpretações.
O primeiro, porque para além de estar a repisar um papel que conhece de trás para a frente, se encontra no género cinemtográfico em que se enquadra melhor. O segundo, porque para além de ser um autêntico camaleão, representa um personagem que parece mesmo irmão gémeo de "Jules Wintfield".
Já Jeremy Irons encontra-se mal no seu papel. Pouco expressivo, pouco credível, enfim um mau vilão e não um vilão mau.
Concluindo, "Die Hard-A Vingança" é um filme que, apesar de aparentar ser o típico entretenimento dos anos noventa, falha claramente neste mesmo objectivo.
"-Okay. Jesus, I'm sorry you got involved, all right?
-Why do you keep calling me Jesus? I look Puerto Rican to you?!
(...)
-My name is Zeus.
-Zeus?
-Yeah, Zeus! As in father of Apollo! Mount Olympus! "Don't fuck with me, or I'll shove a lightning bolt up your ass!" Zeus! "
2 Eloquentes Intervenções Escritas:
Ora bem, de uma forma global estamos de acordo. Considero-o o mais fraco da trilogia ao contrário de muitos que o vêm como uma espécie de reborn. Acaba por se tornar inconsequente, mesmo sendo um filme de entretenimento.
Abraço
Não vi a trilogia original, mas já conhecia a tua opinião e tenho de concordar.
Abraço
Enviar um comentário
O autor deste blogue apresenta os seus agradecimentos pelo comentário e relembra que este beneficiará sempre de uma resposta, já que cada comentário é tido como imprescincível e nunca subvalorizado.