"Jogo de Espiões" é um filme que me diz muito mais do que à partida poderia pensar, e cuja tarefa de detecção dos seus defeitos e qualidades é bem mais complexa e pessoal do que o previsto.
O termo "guilty pleasure" emerge de imediato na minha mente.
"Jogo de Espiões" tem o seu cerne no confronto e contraste entre dois homens, o passado e o futuro, experiência e a beleza, a sensatez e a rebeldia e sendo, sobretudo, a história das vivências de Nathan Muir (um papel delicioso que Robert Redford agarra com uma segurança notável e molda a seu bel-prazer com todo o talento que possui) e Tom Bishop (personagem que carece de maior dimensão, e que não dá espaço a Brad Pitt para nada mais do que um registo razoável).
"Jogo de Espiões" tem o seu cerne no confronto e contraste entre dois homens, o passado e o futuro, experiência e a beleza, a sensatez e a rebeldia e sendo, sobretudo, a história das vivências de Nathan Muir (um papel delicioso que Robert Redford agarra com uma segurança notável e molda a seu bel-prazer com todo o talento que possui) e Tom Bishop (personagem que carece de maior dimensão, e que não dá espaço a Brad Pitt para nada mais do que um registo razoável).
No entanto, é na forma como dispõe estas vivências, que "Jogo de Espiões" obtém o seu maior trunfo.
O estilo e o exibicionismo são conceitos de que o realizador Tony Scott nunca prescinde no seu
método de trabalho, e tais estão presentes em "Jogo de Espiões" e a tornar a experiência cinematográfica em si mais intensa, delicada e aprazível.
É assim, pois, e a par da excelente performance de Redford, a vertente argumentativa o ponto mais alto de "Jogo de Espiões", que aposta numa trama pouco convencional (de teor sobretudo político, e não de acção) e algo complexa.
Trama esta que divide a sua acção em vários momentos -a maior parte deles em flashback- delimitados, de forma muito bem sucedida, por uma cinematografia cuidada, acompanhados por uma banda-sonora fenomenal de Harry Gregson Willis e pautados por uma ou outra grande cena (e estas, por sua vez, repletas de diálogos -maioritariamente por parte de Redford- fenomenais).
É assim, pois, e a par da excelente performance de Redford, a vertente argumentativa o ponto mais alto de "Jogo de Espiões", que aposta numa trama pouco convencional (de teor sobretudo político, e não de acção) e algo complexa.
Trama esta que divide a sua acção em vários momentos -a maior parte deles em flashback- delimitados, de forma muito bem sucedida, por uma cinematografia cuidada, acompanhados por uma banda-sonora fenomenal de Harry Gregson Willis e pautados por uma ou outra grande cena (e estas, por sua vez, repletas de diálogos -maioritariamente por parte de Redford- fenomenais).
Revista a situação, a problemática mantém-se: "Jogo de Espiões", guilty pleasure ou não?
"Don't ever risk your life or your career for an asset. If it comes down to you or them... send flowers."
"-Fuck your rules, Nathan.
-Okay. But tonight they saved your life."
[Análise re-editada a 30/07/10]
2 Eloquentes Intervenções Escritas:
Guilty pleasure? Na minha maneira de ver não é nem sequer perto disso. É um filme bem jeitoso mas que não foi marcante o suficiente para a industria toda lhe dar muito airplay ao longo dos anos seguintes.
Quando um dos dois morrer, mais naturalmente será o Robert Redford primeiro, ele volte à baila...
Já o vi há uns bons anos e recordo-me que tem uma espécie de twist no final (ou revelação) e que fazia justiça ao título do filme. Curiosamente vi a review na esperança de ver esta memória confirmada. Estou errado (ou a misturar filmes)?
Arm,
Fico feliz por saber que viste e gostaste do filme.
Talvez tenhas razão, quem sabe. Veremos quando um deles morrer.
Acho que há aí uma confusãozita, não há qualquer twist no final.
Penso que a cena que faz mais justiça ao título foi aquela que publiquei em cima :D
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