Paul Newman faleceu sem eu ter tido oportunidade de assistir a qualquer interpretação sua. Uma falha que necessitava, urgentemente, de colmatar. Tal não aconteceu, pelo menos não a curto prazo, até ao dia em que, movido por (mais) um incontrolável impulso tipicamente meu (e, julgo, de grande parte dos cinéfilos), aliado a um sexto sentido que dizia que este era um filme que me iria agradar profundamente, decidi assistir a uma das fitas mais mainstream de Martin Scorsese: "A Cor do Dinheiro".
E uma vez mais não me equivoquei. "A Cor do Dinheiro" é uma empolgante e divertida cavalgada pela beleza e os encantos do bilhar, que reinventa um conceito já revisto vezes sem conta, o do mestre vs aprendiz, aplicando-o a um contexto à partida banal e rodeando-se de uma série de atributos que garantem a elegância e a qualidade para nos proporcionar duas fantásticas horas.
Atributos estes que se prendem com a dinâmica realização de um fresquíssimo Martin Scorsese que torna "A Cor do Dinheiro" mais, muito mais do que um mero filme sobre bilhar, com os seus planos pouco convencionais e técnicas de montagem delirantes, não esquecendo o duo de actores fantástico.
Paul Newman obtém um registo muitíssimo competente, sempre seguro de si e que dá gozo ao espectador. Excelente trabalho, embora o Óscar de Melhor Actor me pareça algo excessivo. Tom Cruise está igualmente muito bem como o instável Vincent, num papel que apenas peca por soar um pouco a déjà-vu, quando comparado com outros trabalhos do actor. Destaque para as presenças de John Turturro e Forest Whitaker.
Paul Newman obtém um registo muitíssimo competente, sempre seguro de si e que dá gozo ao espectador. Excelente trabalho, embora o Óscar de Melhor Actor me pareça algo excessivo. Tom Cruise está igualmente muito bem como o instável Vincent, num papel que apenas peca por soar um pouco a déjà-vu, quando comparado com outros trabalhos do actor. Destaque para as presenças de John Turturro e Forest Whitaker.
Apenas o argumento deixa realmente a desejar, por alguma falta de coerência, elo de ligação e sobretudo lógica de determinadas cenas que, ora parecem deslocadas, ora parecem... escusadas.
No entanto, "A Cor do Dinheiro" afirma-se como uma fita interessante e cativante que garante grandes momentos de entretenimento.
E, porque não, um guilty pleasure.
E, porque não, um guilty pleasure.
"Money won is twice as sweet as money earned."
"For some players, luck itself is an art."
"Pool excellence is not about excellent pool."
"For some players, luck itself is an art."
"Pool excellence is not about excellent pool."
3 Eloquentes Intervenções Escritas:
Que saudades do grande Paul Newman.
Abraço.
http://vidadosmeusfilmes.blogspot.com/
Como você gostou do filme, indico que procure "Desafio à Corrupção", no original "The Hustler".
Foi realizado em 1961 por Robert Rossen e tem Paul Newman bem jovem no papel de Eddie Felson. Aqui ele é o novato que aprende a malandragem das mesas de sinuca com o veterano vivido por Jackie Gleason.
A Cor do Dinheiro seria quase uma continuação, que utiliza mesmo personagem, só que 26 anos depois.
Abraço
Bruno,
Todos temos...
O que achas deste A Cor do Dinheiro?
Hugo,
Sei perfeitamente que se trata de uma sequela não oficial de The Hustler.
No entanto, algo me diz que não gostei tanto do The Hustler.
Mas obrigado pela recomendação! :D
Abraços!
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