Um Domingo Qualquer


"Um Domingo Qualquer" é não só uma das melhores obras de Oliver Stone -realizador cuja grande parte do trabalho me tem escapado- como também uma das mais subvalorizadas.

Stone tem aqui um mérito inegável, ao conseguir fazer de "Um Domingo Qualquer" um espectáculo de entretenimento de grande qualidade, assegurando diversos e excelentes momentos ao longo de 2h30 que nos parecem curtas no final.

Mesmo com uma história bastante simples, os argumentistas John Logan e Daniel Pyne elevam "Um Domingo Qualquer" a um verdadeiro épico desportivo. Muitos dos diálogos entre as personagens são avassaladores e alguns monólogos (em especial os de Al Pacino) ficarão na história do Cinema moderno.

É um argumento portentoso ao nível de diálogos e dimensão das personagens, que é estendido e polido pela realização majestosa do sempre dinâmico Oliver Stone (que volta a fazer um curto e simpático papel).

O elenco é peça-chave para o sucesso de "Um Domingo Qualquer". Um Al Pacino a redefinir o adjectivo intensidade, encontra-se à frente de um grande elenco. Dennis Quaid e James Woods, que merecia mais tempo de antena, obtém das melhores performances da sua carreira.
Até Cameron Diaz e Jamie Foxx, actores por quem não nutro qualquer simpatia, estão muito bem, especialmente a primeira.

A banda-sonora encaixa na perfeição, e eis Oliver Stone a pegar numa história banal, puxando-a até quase 3 horas de duração e no final... a deixar-nos a salivar por mais!


"On any given Sunday you're gonna win or you're gonna lose. The point is - can you win or lose like a man?"

4 Eloquentes Intervenções Escritas:

Unknown disse...

Ora bem, já vi o filme há algum tempo mas guardo muito boas recordações dele, em especial no qu toca à montagem. É-me impossível esquecer aquela mescla entre o discurso de Pacino e as imagens de Ben Hur.

Abraço

Rui Francisco Pereira disse...

tocaste num ponto interessante.realmente,a montagem está bem conseguida.
mas esse aspecto ainda me remete mais para uma estranha realização de Stone.

a mim,o que mais me marcou,foram os constantes(e inexplicáveis) raios eleéctricos durante os jogos.

abraço

Helder Oliveira disse...

Um dos meus filmes preferidos.
Diálogos excelentes e filme cativante de inicio ao fim.
Realmente a história não tem muito que se lhe diga - ser sobre futebol americano também limita - mas compensa com as excelentes interpretações.
Abraço e continua o bom trabalho!

Rui Francisco Pereira disse...

Hélder,

Bem-vindo e muito obrigado pelas palavras!

Tens toda a razão nas tuas palavras.
Mas mesmo limitado, o filme consegue ser brilhante em alguns momentos!

Abraço!

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