Em Bruges

Que surpresa tão agradável, a maior de 2008. É refrescante assistir a um filme humilde e cativante como este, uma injecção cultural de grande interesse, que tem como base uma portentosa, embora nada cansativa, carga dramática e é pincelado com momentos humorísticos verdadeiramente deliciosos, que apenas pecam por soarem forçadas em determinados momentos.

A realização é confiante e inspiradíssima, o argumento é brilhante (diálogos fantásticos e personagens marcantes) e a tela, composta pelas lindíssimas banda-sonora, cenografia e fotografia, garante a fluidez necessária ao filme.

O elenco é magistral. Colin Farrell é brilhante e surpreende. Brendan Gleeson é brilhante e confirma. Ralph Fiennes reabre o seu estatuto de secundário de luxo.

Mas a "Em Bruges" falta algo para ser um grande filme, algo que me escapa. A minha pontuação irá ao encontro da da maioria da blogosfera. Resta saber o porquê.
O que falta a "Em Bruges"?


"Ken, I grew up in Dublin. I love Dublin. If I grew up on a farm, and was retarded, Bruges might impress me but I didn't, so it doesn't."

"Maybe that's what hell is, the entire rest of eternity spent in fucking Bruges."

"One gay beer for my gay friend, one normal beer for me because I am normal."

2 Eloquentes Intervenções Escritas:

Pereira disse...

Adorei! Foi um dos melhores filmes de 2008, uma espécie de comédia existencialista, que "poderia" ter sido escrita pelo Dostoievski num dia bem humorado. A subtileza de toda a simbologia à volta de Bruges, os diálogos e personagens cativantes...muito bom,e excelente estreia para o Martin McDonagh.

Rui Francisco Pereira disse...

Pereira,

Bem-vindo!:D

Excelente intervenção, estou totalmente de acordo.

Cumprimentos ;)

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