Desta vez, é Flávio Gonçalves, autor do blogue O Sétimo Continente, quem nos revela os seus cinco maiores guilty pleasures.
1. A ILHA, Michael Bay
A ambiciosa incursão do explosivo e imponderado Michael Bay na ficção científica deu frutos ao aliar-se a Ewan McGregor e Scarlett Johansson. “A Ilha” é a prova de um projecto repleto de falhas (particularmente a nível narrativo) mas que sempre cativou em mim um fascínio supranormal mal o vi numa sala de cinema. Não fosse o argumento, cuja premissa interessantíssima e suscitadora de uma proveitosa reflexão filosófica sobre a identidade e os avanços da Ciência são incompatíveis com escusadas cenas de acção brutais, penso que Michael Bay teria encontrado o “ouro” (qualitativamente) da sua carreira. Não obstante, este é um dos meus mais amados “guilty pleasures”.
2. O AMOR NÃO TIRA FÉRIAS, Nancy Meyers
Nancy Meyers é uma escritora e uma realizadora que sempre gostou de comédias românticas e não foi, certamente, este “The Holiday” que impediu que esse gosto avançasse para novas e mais produções. Sinceramente, este é dos filmes que, afundando-se, como já seria previsível, em inúmeros clichés, mais adoro – pela simplicidade, pela terna ligação que se gera numa neurótica Kate Winslet e num despreocupado Jack Black e numa angustiada Cameron Diaz e num charmoso Jude Law, pela música-“tequila” de Hans Zimmer, e um pouco mais.
3. THE RING, Gore Verbinski
É difícil não esquecer o primeiro filme de terror que vi e “The Ring” (sim, shame on me) foi visto por um Flávio muito assustado e de onze anos. Em si, a película tem alguns defeitos no que respeita a composição do guião – já a realização, essa, considero-a estilizada e impecável, no verdadeiro sentido do termo, com a fotografia esverdeada. O cenário chuvoso, revisitado na terrível sequela ou em “Águas Passadas”, é o que mais bem recordo do filme. Sim, sem dúvida um “guilty pleasure” bem recordado que ficará em mim como um marco na minha relação com o cinema.
4. CASADOS DE FRESCO, Shawn Levy
Não me recordo bem quando vi, pela primeira vez, a aventura de Ashton Kutcher (que entretanto deixei de gostar) com a falecida Brittany Murphy pela Europa, mas sei, pelo menos, que várias foram as vezes que o filme mereceu os meus olhos atentos e deliciados. É uma comédia vulgar e típica, mas há algo nele, ainda não sei bem o quê, que me faz adorá-lo. “Guilty”, sem dúvida.
5. JOHNNY ENGLISH, Peter Howitt
Johnny English, que inventa uma nova personagem ao eternizado Mr. Bean, sempre foi, desde o meu sétimo ano, alguém cuja entrada (e até saída) neste filme se me cravou na memória até os dias de hoje. É um trabalho defeituoso e qualidades são poucas, mas este cómico thriller fez-me ainda mais gostar o Reino Unido, as relações com os franceses e o próprio actor.
10 Eloquentes Intervenções Escritas:
Desta lista eu diria que "A Ilha" e "The Ring - O Chamado" são filmes divertidos, apesar que o "The Ring" japonês é melhor.
Abraço
Não conheço os últimos dois filmes, mas partilho da mesma relação com os primeiros três filmes, sobretudo THE HOLIDAY e THE RING.
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Gosto imenso d'A Ilha e The Ring.
Abraço
Cinema as my World
A Ilha é um grande filme, com a "mais que bela" Scarlett.
O "The Ring" tem a qualidade de meter mesmo medo.
"O amor não tira férias" nunca vi.
O "casados de fresco" e o "Johnny English" (principalmente o último), são na minha opinião ... muito fraquinhos.
Abraço.
http://vidadosmeusfilmes.blogspot.com/
A Ilha também é um dos meus Guilty Pleasures! Vá, confesso, o Johnny English também!
Gosto muito desta rubrica, ahah. Daqui, talvez só o THE RING.
Gostei dos primeiros três. Não vi os últimos dois.
A ILHA poderia ter sido muito melhor. Tinha um potencial tremendo, com um tema interessante e actual, mas com um Michael Bay a realizar, viu-se esse potencial reduzido a um thriller de ficção científica mais ou menos inócuo e irrelevante. O facto de ter gostado dum filme do Michael Bay é por si só sinal que havia ali muito mais por lapidar. Tem a duvidosa honra de ser o único filme do realizador, do qual gostei.
O AMOR NÃO TIRA FÉRIAS é prova que se tivermos uma direcção competente, um guião q.b., mas excelentes actores, estes conseguem elevar o filme a níveis inesperados.
Quanto ao Ring, vi ambos, o original e o remake do Verbinski. Para mim não existe comparação possível entre os dois. Vou contra a corrente e afirmo que o remake é muito superior ao original em todos os aspectos. Caso raro. O remake foi uma lufada de ar mais ou menos fresco (é um remake) num gênero que estava moribundo em qualidade até surgir dois anos mais tarde o Saw.
Bolas, o Ring para primeiro filme de terror...foi mesmo a doer.
Se fosse o meu caso nunca mais pegava numa videocassete na minha vida. Isso e passava-me se visse uma mosca pousada no ecrã da tv.
No meu caso foi o Poltergeist. E pensava eu que tinha sido forte até ver o Exorcista a seguir lol
Considero estas escolhas bastante interessantes. E gosto desta ideia dos Guilty Pleasures. Mas tinha que pensar um bocado em quais seriam os meus.
Contudo, apesar de achar estas escolhas interessantes, só THE RING e THE ISLAND é que eu consigo gostar. THE HOLIDAY é medianíssimo, JOHNNY ENGLISH tenta demasiado ter piada e JUST MARRIED... Eu ri-me, mas não achei lá muita piada.
Abraço,
Jorge Rodrigues
http://dialpforpopcorn.blogspot.com
Hugo,
A Ilha é um filme girinho, mas podia ter sido bem mais...
Roberto,
O The Holiday irrita-me sinceramente ;)
Bruno,
A Ilha é um filme muito apelativo sim.
Bruno,
Grande filme? Podia ter sido. Para mim é um grande entretenimento...
David,
E compreensíveis ;)
Diogo,
E porque não enviares as tuas escolhas? Deixa-me o teu email ;)
King Mob,
Concordo totalmente em relação à Ilha! ;)
Eu sou demasiado cobarde para filmes de terror, confesso ;)
Jorge,
Fica também o convite feito. Manda-me o teu email ;)
Finalmente que alguém não adora o the Holiday! xD
Obrigado a todos pelos comentários!
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