Sim, "A Origem" não me saía da cabeça. Como tal, e também devido ao facto de me terem escapado vários pormenores, não tive escolha a não ser ir rever (foi a primeira vez que o fiz) o filme ao Cinema.
E agora, constato que foi pior a emenda que o soneto...
"A Origem", literalmente, não me sai da cabeça.
E continuo com muitas dúvidas, sobretudo referentes ao final do filme.
Ainda assim, esta fixação quer, certamente, dizer algo: "A Origem" é uma obra-prima. Ponto.
E continuo com muitas dúvidas, sobretudo referentes ao final do filme.
Ainda assim, esta fixação quer, certamente, dizer algo: "A Origem" é uma obra-prima. Ponto.
Agora, e enquanto pondero uma terceira (!) ida ao Cinema e espero já ansiosamente pelo DVD, parece que nenhum filme me satisfaz e nenhum filme é tão... bom quanto "A Origem".
Tal como aprendemos no filme, uma ideia é um parasita incrível. E a minha ideia, completamente instalada, é apenas uma: ver "A Origem".
9 Eloquentes Intervenções Escritas:
Foste ver outra vez? Ou sonhaste que foste outra vez? Lembras-te como chegaste ao cinema??? ;-)
E que tal ir ver o Toy Story 3? Deve fazer bem ver outra obra-prima...
David,
LOL! Quem sabe?...
JM,
Está para muito breve também.
O que achaste deste A Origem?
Abraços ;)
Fui hoje ver o Inception pela segunda vez. Está isento de falhas significativas a meu ver. Na primeira visualização houve uns pormenores no fim que não apanhei, mas que esta 2ª vez tiraram as dúvidas. Só não engoli o personagem da Ellen Page, de resto, é um dos filmes mais extraordinários dos últimos tempos.
Quanto ao TS3, é um FILME perfeito! Acho que vais perceber a minha adoração pela Pixar. Se viste o Toy Story 1 e 2 qd eras criança, entao ainda te vai bater mais ver o encerrar desta trilogia.
JM,
Bolas, eu à segunda ainda continuo cheio de dúvidas... :(
O que queres dizer com "não engoli a personagem da Ellen Page"?
Primeiro a actriz... Não estou a dizer que fez uma má representação, mas ainda me fez um bocado de impressão ver ali uma "miúda". Para além de que a personagem só está lá pela necessidade de o filme tem de se explicar ao público. Se reparares, ela é o pretexto para que na primeira metade do filme nos vá sendo explicado todo o funcionamento destas extracções, e depois na segunda metade é ela quem faz com o Cobb revele a história com a sua mulher. Não consegui engolir o forçado relacionamento do Cobb e da Ariadne, não consegui sentir a química que seria necessária entre os dois para que ela fosse uma peça tão importante na resolução dos problemas do passado do Cobb. Uma relação de amizade com o Arthur para mim seria muito mais normal, mas pronto, percebi o porquê desta escolha.
Eu no final da primeira visualização fiquei sem entender completamente alguns detalhes, principalmente quando o Fischer morre e eles vão atrás dele. A parte do limbo não tinha ficado esclarecida para mim. Agora ficou... O que ainda ficou por assentar nas minhas ideias, foi o Cobb e o Satto subirem do limbo para a "realidade"... Quanto ao final, acho que já vai da interpretação de cada um, eu prefiro pensar que o pião no fim está a perder o equilíbrio e que vai parar... Como disse, só a personagem da Page é que parece demasiado "forçada" e é a que para mim está lá puramente para funcionamento da história junto do público, e inserida de maneira pouco subtil. Toda a "ligação" entre ela e o Cobb não foi sentida por mim....
JM,
Percebo perfeitamente o que dizes sobre a personagem de Page.
Mas a meu ver, é uma relação necessária para ilucidar o espectador.
Talvez soe forçada -e apenas de início, porque depois ganha contornos bem mais interessantes- mas não deixa de ser necessária.
A meu ver claro ;)
Eu quando me referia a não ter percebido o final, é exactamente essa parte do Limbo, e do quinto nível de sonho que ainda não percebi se é um sonho de DiCaprio, se mesmo o limbo... e o encontro com o idoso Saito... e a forma como saem de lá.
Ficou confuso para mim, confesso.
Em relação ao final propriamente dito, confesso que adorei. Adoro esse género de finais em aberto e este, dependendo da interpretação de cada um como bem disseste, é muito bom.
Eu prefiro pensar que tudo não passou de um sonho. Por alguma razão, o meu subconsciente prefere sempre as opções menos felizes neste tipo de finais ;)
Obrigado pela excelente intervenção :D
A mim soa sempre a uma relação demasiado forçada... É o único defeito que me atrapalha durante todo o filme. Ela é muito facilmente inserida neste mundo, e depois entra na intimidade do Cobb com tanta facilidade... Tinha sido mais difícil mas teria sido melhor que o problema de Cobb tivesse sido enfrentado com Arthur, uma relação de amizade entre os dois parceiros tinha sido mais apropriada para lidar com a situação. Mas percebo a necessidade de uma personagem como a da Ariadne, só é pena ser mesmo precisa.
Quanto a isso do limbo, só percebi exactamente o que era quando na 2ª visualização uma única fala me explicou isso: o limbo é um nível de sonho infinito, sem "nada", e quem para lá fosse só iria encontrar o que já tivesse sido "contruido" por alguem que já estivesse estado no limbo. (epá, é mesmo dificil explicar estas coias) Isto é, como o Cobb já tinha estado no limbo (com a Mal), quando o Fischer morre e vai para o Limbo a única coisa que lá está é o que o Cobb já tinha "sonhado" quando ele próprio esteve no limbo, daí aquilo aparentar ser um sonho do Cobb. Mas é na verdade o Limbo, com o que a mente de Cobb preencheu quando esteve lá. Depois o Satto também vai parar lá. E o encontro de Cobb e Satto dá-se muito tempo depois de os dois irem lá parar, daí estarem mais velhos. Mesmo assim, não consegui perceber totalmente como é que depois os dois regressam à realidade (eu digo realidade porque acredito que é mesmo a realidade; o pião para). Bem, estas discussões e interpretaçoes sao dificeis de escrever, quem sabe mais tarde discutamos isto melhor.
JM,
Pois, essa parte do Limbo tem muito que se lhe diga.
Se é mesmo o Limbo, então porque razão é que a Ariadne e o Fischer usam o Kick para sair de lá, enquanto que o Cobb e o Saito se matam?
Quando o Cobb morreu da primeira vez -esfaqueado pela Mal- regressou novamente ao Limbo.
E quando o Cobb encontra o Saito, apenas este está envelhecido.
O Cobb está (practicamente, admito que possa ter envelhecido, mas pouco por comparação) igual.
Tem muito, muito que se lhe diga.
Abraço
P.S.- Se desejares responder ao meu comentário, pedia-te que o fizesses na ficha d'A Origem. ;)
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